segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Nao digas nada...


Não digas nada. Não te mexas. Deixa-te ficar aí estendida na cama e deixa-me pousar a cabeça sobre o teu peito. Deixa-me pousar o meu coração no teu corpo.
Vamos só fazer silêncio. Vamos ignorar o frio lá fora, vamos ignorar as nuvens e tudo o resto. Vamos ignorar todos. Só quero sentir a tua mão na minha.
Pedi uma página em branco para que nela possamos fazer o que nos apetecer e o que mais ninguém sabe. Vamos viver o momento como se fosse o último das nossas vidas. Vamos fazê-lo vezes sem conta.
É giro como a tua mão conhece todo o meu corpo e como eu conheço tão bem esse teu sorriso e o que ele quer dizer. Ainda não me esqueci. Não me esqueci das tuas promessas.
Podemos repetir? Quero relembrar os nossos corpos e as nossas almas fundidas numa só pessoa, num só coração. Vamos repetir e deixar algo crescer.
Adoro quando estamos assim. Sinto-me bem contigo, ao teu lado. E algo mais... Agora, que ninguém nos vê, beija-me. Aquele beijo de rotina tão banal aos olhos dos outros e tão especial para nós. Um beijo que parece ser partilhado há anos e que o vai continuar a ser para sempre. Vamos partilhá-lo até morrermos... Promete! Quando prometes é tudo tão verdadeiro e certo.
Perdi a noção das horas. Se calhar devia voltar para casa. Mas voltar como, se é esta a minha casa? A minha casa é onde estiveres, onde fores. O meu abrigo és tu e não preciso de mais nada.
E quero tanto que me protejas assim, para sempre...

1 comentário:

Anónimo disse...

Engraçado como este texto cheio de paixão me fez recordar tanta coisa boa que ja senti e que há tanto tempo não sinto.

Faz-me recordar que não há nada mais importante do que o amor e de tudo fazer para não o perder.

Parabens pelo texto