sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

A casa rosa velho

Um dia vou ter uma casinha pintada de rosa velho, algures num campo rodeado de cores, onde o verde é em abundância e da janela vou ver uma imensidão de papoilas e uma cerca de madeira pintada às cores.

Ouvirei todos os dias o Bidu (o cão), a ladrar quando o padeiro vier entregar o pão fresquinho, como habitualmente faz.

Vê-lo-ei a abanar o rabo, feliz e contente, quando chegar a Dona Felizberta, a mulher do peixe, para entregar o peixe fresquinho, o Sr. Manel não vem, é o da carne, prometi que durante uns tempos não comeria carne, falta a Dona Albertina é a da fruta, mas tenho que sobeja, não a chamarei até comer a que tenho.

A noite cai e Lá dentro, estás tu, aqueces as mãos junto a lareira, vestes um pijama em tons de azul com uns quadrados encarnados e um casaco por cima dos ombros, vejo-te por cima dos óculos com as astes já gastas, ao fim destes anos anos, as tuas feições manteem-se, os traços do teu rosto continuam bonitos. E o cheiro da tua pele? Esse continua a inundar-me os sentidos e a fazer-me correr o sangue nas veias, as tuas feições continuam a encantar-me.

Surtes o mesmo efeito em mim depois destes anos todos, apesar do cansaço dos nossos corpos, o amor permanece intacto.

FIM

1 comentário:

Desconhecida disse...

Aconchegante e encantador é este sonho.
Fantástico quando se projecta um futuro ao lado de quem se ama :)

P.s. Boa ideia essa de não comer carne durante uns tempos...bom seria não comer nunca ;)